Black Butler: Emerald Witch Arc Episódio 6 – Venenos, Fantasmas e Prisões Invisíveis

O episódio 6 do arco Emerald Witch em Black Butler continua a levantar mais perguntas do que respostas, aprofundando os mistérios por trás da vila isolada, dos supostos lobisomens e do passado de Ciel. Pela primeira vez, fica claro que Wolfram talvez não esteja tão preso àquele mundo quanto Sieglinde e as outras mulheres. Sua roupa, visivelmente anacrônica em relação ao século XV, pode ser um indicativo disso: talvez ele esteja saindo da vila com frequência, o que explicaria tanto seu visual quanto sua função ambígua no enredo.

Envenenamento e alucinações?

As pistas se acumulam em torno de uma explicação menos sobrenatural para a tal "miasma dos lobisomens". As amostras que Sebastian envia para a rainha, incluindo folhas, plantas e a poção de limpeza de Sieglinde, sugerem que pode haver um agente químico causando os sintomas. As lesões e erupções lembram reações alérgicas ou intoxicação, talvez algo como o envenenamento por ergot, conhecido por provocar alucinações, convulsões e necroses. Antes de ser identificado, o ergotismo era frequentemente atribuído à bruxaria, e esse paralelismo com o universo da série é muito bem explorado aqui.

Ainda resta a dúvida se o veneno afeta apenas homens. Até agora, todos os infectados são homens, inclusive Ciel e Sebastian, os únicos que retornaram à floresta pela segunda vez. Poderia haver um efeito cumulativo, ou o uso dos amuletos pelas mulheres pode estar oferecendo alguma proteção. Também é possível que existam duas formas de progressão: uma com sintomas físicos e outra que leva à "transformação em lobo". Seja como for, Victoria acredita que Sieglinde pode ser levada em segurança para a Inglaterra, o que indica que a causa pode ser neutralizada.

Ciel e os fantasmas do passado

Ciel também enfrenta uma batalha interna poderosa. Isolado em sua mente, ele é confrontado por figuras do passado que o questionam sobre suas escolhas. Sebastian afirma que ele talvez não possa mais ser salvo, mas suas ações sugerem que ainda há esperança ou, no mínimo, uma tentativa final de resgatá-lo. O momento em que Ciel se liberta da jaula metafórica e corre através das sombras de seus entes queridos é carregado de emoção e simbolismo. Ele admite que tudo o que fez foi por si mesmo, em um misto de egoísmo e sobrevivência, moldado pelo trauma e pela perda.

Essa honestidade brutal é o que lhe permite retornar. E se Ciel conseguiu romper sua prisão invisível, talvez o mesmo possa acontecer com Sieglinde. Os fantasmas que nos aprisionam — sejam eles sobrenaturais ou psicológicos — só têm poder enquanto permitirmos. Ela merece mais do que a gaiola onde vive.

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