Sinopse
No mundo empapado de oxigênio de Peridot, o soldado ciborgue Ethan chega em busca de escapar de uma guerra e de um emprego tedioso na segurança. Ele conhece o entusiasmado botânico Mihail, e os dois são designados para uma mesma missão: descobrir que tipo de vida as plantas de Peridot sustentam. Conforme trabalham lado a lado, ambos passam a despertar sentimentos um pelo outro e procuram entender o que essas emoções significam.
Análise
BLACK BLOOD sabe exatamente qual é seu público: quem curte o apelo “robô + romance”. Ethan não é um robô comum, mas um ser humano transplantado em corpo mecânico – juntas metálicas, circuitos expostos e um design detalhado que ressalta cada articulação. Hayate Kuku desenha cada fusível com precisão, exaltando o clang-clang que qualquer entusiasta de cyborgs deseja ver.
Em contraste, Mihail, o “nerd botânico”, ganha traços mais soltos, mas cheios de expressão – especialmente quando ele percebe o “vision scope” de Ethan focalizando-o. Há humor em Ethan ser meio lento para entender emoções, e no descompasso de tamanho entre os dois (Ethan enorme, Mihail delicado).
A ambientação em Peridot aparece em cafés de estação espacial, laboratórios de pesquisa de flora alienígena e cenários externos onde hovercarts cortam desertos alaranjados. Mas o foco permanece nos encontros íntimos do casal, culminando em cenas adultas que, embora explícitas, servem ao desenvolvimento emocional e não apenas ao fanservice.
As plantas de Mihail funcionam como metáfora: enquanto ele estuda o que define “vida”, Ethan descobre suas próprias emoções mecânicas. A espada amaldiçoada no clímax simboliza esse despertar: uma ferramenta que se torna canal para um sentimento humano antes desconhecido.
Erotismo e emoção
Classificado 18+, o mangá inclui cenas explícitas que se encaixam na narrativa. O capítulo bônus entrega o ápice sensual, sem interromper o desfecho dramático principal. A ênfase no tato, no peso do corpo de Ethan e nas reações de Mihail — dos arrepios ao suspiro — transforma cada quadro em convite ao sentimento.
Conclusão
BLACK BLOOD assume seu gênero com confiança: um romance sci-fi entre um cyborg e um humano, apoiado por arte sedutora e um cenário alienígena que enriquece a história. Se você busca um jock/nerd futurista com química intensa e metáforas botânicas, este volume entrega exatamente o que promete.