História espremida
O episódio “Here Comes Fighter D!” tenta equilibrar a saga do nosso anti-herói dividido entre os Keepers e a Monster Protection Society — mas acaba parecendo um “best of” de vários capítulos comprimidos em um só. Fighter D acaba encarando os dois inimigos de uma vez, quando dois MPS ganham poderes de Boss Monster e arrastam todo mundo para um labirinto dimensional alucinante.
Backstories sem impacto
Ukyo e Jiji recebem um flash de passado para explicar por que se transformaram em monstros, mas todo o peso emocional se perde na pressa. O mesmo vale para o arco do Yellow Keeper e os mistérios das Divine Artifacts: ideias interessantes que pedem um episódio inteiro, mas viram apenas cenas desconexas.
Fighter D como figurante
Embora eu curta o dilema de Fighter D não querer se definir por lado nenhum, o personagem acaba virando figurante na própria trama. A melhor chance de explorá-lo (o confronto com Angel, que não sabe que ele é seu amigo antigo) é atropelada por cortes rápidos e checklist de revelações.
Animação sem alma
Sem um roteiro coeso para sustentar, a péssima qualidade de animação fica ainda mais gritante. A direção de arte e os movimentos parecem genéricos, sem a vitalidade que faz a gente suspirar em tokusatsu. Fica difícil engolir tanta correria sem um mínimo de capricho visual.
Conclusão
Go! Go! Loser Ranger! S2E21 até mostra cenários legais e algumas lutas divertidas, mas o desespero em encaixar tudo rapidamente transforma a experiência num exercício de resistência. Resta torcer para que, nas últimas semanas, a série pare de atropelar suas próprias ideias e volte a empolgar.