A Pearl Abyss não economizou esforços para transformar Crimson Desert em uma das maiores atrações da PAX East 2025. Em um estande imersivo e visualmente impactante, a empresa ofereceu uma demo de 15 minutos aos visitantes. No meu caso, tive a oportunidade de participar de uma sessão especial com direito a tutorial exclusivo, duas batalhas contra chefes e uma boa dose de hype sobre o que ainda vem por aí. E depois de 30 minutos com o controle na mão, posso dizer: Crimson Desert não é apenas promissor — é visceral.
Uma imersão de impacto desde o primeiro minuto
Diferente dos visitantes comuns, que exploraram livremente o mundo e suas mecânicas de navegação, fui direto ao que interessa: o combate. A experiência começou com um vídeo-tutorial detalhado e uma sessão guiada pelo diretor de PR da Pearl Abyss, Will Powers. Essa introdução foi essencial. Crimson Desert não é só mais um RPG de ação com mundo aberto; ele traz um sistema de combate inspirado em jogos de luta — e sim, isso muda tudo.
A primeira impressão pode ser enganosa: parece que dá para sair apertando botões aleatoriamente e vencer. Mas logo se percebe que há uma camada profunda de estratégia e execução. Entre stuns, agarrões, ataques leves e pesados, a curva de aprendizado é clara, mas justa. Um detalhe que faz toda a diferença: é possível segurar os botões para executar combos automáticos — ideal para quem não tem dedos de jogador profissional, mas quer se divertir com fluidez.
Reed Devil e Staglord: dois chefes, duas experiências
O primeiro inimigo foi o Reed Devil, um chefe ágil e implacável. A batalha aconteceu em uma colina coberta de juncos — detalhe que não era só estético. Os juncos podiam ser cortados e flutuavam com o vento, deixando marcas reais do impacto da luta no cenário. O Reed Devil era brutal: veloz, com múltiplas fases separadas por cutscenes dinâmicas, e com bloqueios que exigiam precisão tática. Depois de apanhar um bocado, usei os stuns conforme instruído e consegui vencer. Foi difícil, mas recompensador.
Na sequência, enfrentei o Staglord, um oponente mais lento, mas muito mais imponente. A luta era quase um xadrez de posicionamento, com direito a manipulação do ambiente. Em determinado momento, derrubei uma pilastra sobre ele, causando dano massivo. Mas ele também destruía o cenário com facilidade, transformando o campo de batalha constantemente. Não pude usar agarrões como na luta anterior — ele era simplesmente grande demais. Com ajuda de flechas explosivas e fogo (sua fraqueza), consegui vencê-lo.
Clássicos, colossos e promessas
Antes do fim da sessão, ainda recebi uma provocação: o próximo chefe seria a Queen Stoneback Crab, uma criatura colossal que exigirá escaladas ao estilo Shadow of the Colossus para ser derrotada. Infelizmente, o tempo era curto e não pude enfrentá-la — mas só de vê-la, a ambição do projeto ficou clara. Esse é o tipo de experiência que promete elevar o patamar dos chefes em RPGs de ação.
Combate que exige — mas recompensa
O que mais me surpreendeu em Crimson Desert foi o equilíbrio entre complexidade e acessibilidade. A variedade de combinações pode assustar à primeira vista, mas a estrutura do sistema permite que mesmo jogadores menos experientes consigam sobreviver. A curva de aprendizado é real, mas não punitiva. E quem quiser se aprofundar vai encontrar um campo fértil de estratégias, especialmente nas lutas contra chefes. É o tipo de combate que exige atenção, mas recompensa cada acerto.
Conclusão: Crimson Desert é tudo que Black Desert não é — e isso é ótimo
Crimson Desert não é uma simples versão single-player de Black Desert. Ele carrega a assinatura visual da Pearl Abyss, mas entrega algo inédito em termos de combate, ambientação e experiência narrativa. A demo na PAX East 2025 foi curta, mas poderosa. Se a versão final conseguir manter (ou melhorar) esse nível, estamos diante de um dos grandes lançamentos do ano. Para quem gosta de desafios intensos, cenários épicos e lutas que exigem mais do que só apertar botões, esse é um título obrigatório.
Leia também: