Já sabíamos que a família de Philia estava por trás de grande parte do trauma que ela sofreu, mas ainda assim é impactante entender que foi sua própria tia quem a treinou. É mais um pecado para colocar na conta da família Adenauer, que sempre viu Philia apenas como um meio de obter prestígio. E se uma criança precisasse ser torturada para isso? Para eles, era perfeitamente aceitável.
Ainda que isso não justifique o que Hildegarde fez, as palavras que ela deixou em sua memória são intrigantes. Segundo a tia, o sofrimento de Philia vinha do simples fato de ela se parecer com Hildegarde. A tia não se dava bem com seu irmão — o pai de Philia — e isso fazia com que até sua aparência a tornasse uma persona non grata. Talvez Hildegarde tenha sido cruel porque essa é sua natureza. Ou, quem sabe, ela mesma foi uma vítima do irmão e acreditava que, ao submeter Philia a um treinamento severo, estava preparando a sobrinha para sobreviver ao próprio pai.
Ainda vamos descobrir qual é a verdade, mas o ponto central agora é que Philia está começando a perceber que nunca conheceu amor ou cuidado verdadeiro. Isso vai além de não compreender os romances que Lena emprestou. Ao ouvir Grace, a jovem santa de outro reino, dizer que foi inspirada pelos textos de Philia, ela se recorda de como sua mãe destruiu seus livros e como o príncipe fez com que fossem queimados. Quando vê Reichardt chorando no túmulo da antiga santa de Parnacorta, percebe que seu próprio noivo jamais demonstrou qualquer amor por ela.
Mesmo que Philia ainda não compreenda totalmente os sentimentos de Osvalt, ela começa a notar sua bondade e o carinho genuíno com que ele ajuda seu irmão e o reino. A única relação que chegou perto de algo assim foi sua amizade com Mia — e mesmo assim, ela nunca havia pensado nesses termos.
Para Philia, ser santa sempre foi apenas um trabalho. Nunca foi um chamado, apenas algo que todos esperavam que ela fizesse bem. E mesmo quando superava essas expectativas, nunca recebia reconhecimento, até deixar Girtonia. Era como lavar pratos: necessário, mas invisível. Grace lhe oferece uma nova perspectiva. Ela não quer apenas desempenhar um papel — ela quer ser a melhor santa possível e vê Philia como o exemplo máximo disso. Essa admiração e heroísmo são novos para Philia e começam a abrir seus olhos para o próprio valor.
E caso isso não fosse suficiente, o fato de Girtonia agora querer Philia de volta, após tê-la descartado, é um sinal claro de que ela finalmente está sendo reconhecida. Mia também parece estar jogando suas próprias cartas, e mal posso esperar para ver como essa trama vai se desenrolar nos próximos episódios.
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