To Be Hero X episódio 5 – Yang Cheng, E-Soul e o novo ciclo de heróis

Se o primeiro arco de To Be Hero X não existisse, este episódio pareceria bem diferente. Em um contexto isolado, ele conta a história de um homem que admira super-heróis e sonha em ser um deles, tanto que trabalha em um parque temático atuando como seu herói favorito, E-Soul, que já havia salvado sua vida no passado. Como órfão e alguém solitário, Yang Cheng sente vergonha de seus objetivos grandiosos e tem pouca autoconfiança — a não ser quando está no palco, atrás de uma máscara. Mesmo assim, quando surge uma situação de perigo, ele corre em direção ao problema em vez de fugir. Ele faz o que um herói deve fazer.

Mas, dentro do contexto maior da série, as coisas ficam muito mais complexas — e digo isso no melhor sentido possível. Superficialmente, a trajetória de Yang Cheng lembra muito a de Lin Ling. Ambos eram pessoas comuns que sonhavam em se tornar heróis e acabaram com esse papel jogado em seus ombros. A grande diferença é que Yang Cheng quer ser o novo E-Soul, enquanto Lin Ling sempre quis ser seu próprio herói. Isso muda completamente o tipo de herói que cada um está destinado a ser.

E há ainda o que aprendemos no primeiro arco: como o poder da "Confiança" funciona. Pode parecer absurdo que Yang Cheng ganhe poderes com a crença de apenas uma criança, mas o truque é que o garoto não vê Yang Cheng como Yang Cheng, e sim como o próprio E-Soul. Assim, Yang Cheng acaba herdando os poderes de E-Soul através dessa fé, da mesma forma que Lin Ling herdou os poderes de Nice.

Além disso, o evento de aniversário do E-Soul que acontece em segundo plano não é só uma celebração de um herói famoso. Sabendo o que sabemos agora, tudo indica que essa competição para escolher o melhor dublê de E-Soul é, na verdade, um processo de sucessão cuidadosamente arquitetado. E-Soul, preso ao peso de seus poderes e à percepção pública por 34 anos, provavelmente busca uma forma de se libertar, algo que vimos ser extremamente difícil com heróis como Moon e Firm Man. Como sempre usou máscara, tudo o que precisa fazer é encontrar alguém que possa imitá-lo — e pessoas com fantasias de E-Soul não faltam no país inteiro.

Yang Cheng não é apenas mais um desses atores. Ele é um dos três melhores selecionados pelo próprio time de relações públicas do E-Soul e, ao salvar uma criança de um sequestro, provou que tem instinto heroico de verdade. Ainda assim, tudo parece bom demais para ser coincidência. É como se alguém estivesse preparando Yang Cheng para se tornar o novo E-Soul. Minha aposta é que seu colega de classe rico, Shang Chao, já sabia de seu passado como dublê e do episódio em que foi salvo por E-Soul. Não seria surpresa se Shang Chao tivesse orquestrado o sequestro justamente para empurrá-lo para esse destino.

E se isso já não fosse preocupante, o gancho deixado pelo primeiro arco lança uma sombra sobre tudo o que vemos agora. Afinal, este não é apenas o início de uma nova origem heroica. É o começo da resposta para o maior mistério da série até agora: por que E-Soul matou Moon?

Pensamentos aleatórios

  • O E-Soul que matou Moon não usa nenhum dos vários trajes de E-Soul que aparecem neste episódio.
  • Embora eu tenha tratado como se só tivesse existido um E-Soul até agora, é bem possível que vários já tenham sido substituídos ao longo do tempo, e Yang Cheng seja apenas o mais novo candidato.
  • No site oficial, E-Soul é listado como o herói número 9 no ranking, com Nice (Lin Ling) logo atrás, em décimo. A cantora que Yang Cheng queria levar Xia Qing para ver, Lucky Cyan, está em sétimo.
  • Pelos detalhes e pistas deixados ao longo do episódio, parece que essa história se passa antes do primeiro arco.

Se quiser relembrar os eventos que nos trouxeram até aqui, não deixe de conferir nossa análise do episódio 4. E para quem gosta de boas histórias com magia e fantasia, vale também dar uma olhada na nossa lista com os 12 melhores animes de magia.

Postagem Anterior Próxima Postagem