Após o espetáculo visual do episódio anterior, Yaiba: Samurai Legend desacelera em termos de impacto narrativo, mas acelera na trama, mesmo que a sensação geral seja de um capítulo mais morno. O foco agora está em Kojiro Sasaki, lendário espadachim ressuscitado por Onimaru como parte de seu plano para deter Yaiba e impedir que ele recupere sua espada sagrada.
Apesar do ritmo frenético, a sensação de que “pouca coisa acontece” permeia o episódio. Somos apresentados a conceitos inesperados como a manipulação do espaço-tempo para resgatar a alma de Kojiro do exato momento de sua morte – uma reviravolta criativa, mas que acaba servindo mais como desculpa para colocar Yaiba e Mr. Sea Cucumber em uma viagem temporal do que como elemento bem desenvolvido.
Musashi vs Kojiro: um duelo com pontas soltas
Enquanto Kojiro retorna, Musashi aproveita para contar a Yaiba como venceu seu rival no passado… usando trapaça. O reencontro entre os dois se transforma em um duelo intenso, com excelente animação e coreografia, mas ainda longe do impacto visual da luta contra Mr. Bat. Apesar disso, é uma das poucas partes realmente empolgantes do episódio.
A entrada de Yaiba no combate rapidamente o leva a um acidente dimensional, fazendo-o cair no passado junto de Mr. Sea Cucumber. Lá, encontra um jovem Musashi, prestes a duelar com o próprio Kojiro. Yaiba vê na viagem uma oportunidade para treinar com o lendário guerreiro, mas ao revelar sem querer os planos de trapaça do futuro Musashi, acaba influenciando o rumo da história. Isso coloca a própria linha temporal em risco, com a possibilidade de o duelo não ocorrer da mesma forma e Yaiba ficar preso no passado.
Muito rápido para deixar marca
O maior problema do episódio é justamente sua velocidade. A decisão de colocar o treinamento de Yaiba como um mero montage nos créditos finais é uma escolha frustrante, principalmente após o destaque que sua evolução teve no episódio anterior. O anime poderia facilmente ter aproveitado esse momento para fortalecer a jornada de amadurecimento do protagonista.
Apesar de alguns diálogos divertidos e da inserção inusitada de física temporal, esse é um episódio de transição que falha em deixar uma marca duradoura. O gancho final, no entanto, dá esperança de que os próximos acontecimentos tragam mais emoção e desenvolvimento para os personagens.
