Adaptação acelerada de Anne of Avonlea
Este episódio pula por dez capítulos de Anne of Avonlea, avançando em ritmo surpreendente para adaptar duas novelas no mesmo tempo que levaram uma. Elementos importantes ficaram de fora, mas a montagem dinâmica consegue manter o fio da meada — mesmo que sacrifique nuances de personagens como Gilbert, cuja paixonite é apenas sugerida.
As lições de Davy e Dora
A omissão da história de Davy e Dora tira o contexto de suas atitudes: Davy não é um sociopata, mas uma criança sem orientação, buscando atenção numa sociedade vitoriana rígida. Quando ele se oferece para ajudar a abatê-las galinhas, demonstra crescimento e responsabilidade, e não crueldade gratuita.
A gafe das sardas e o poder da amizade
Anne sofre outro revés de vaidade ao usar tinta vermelha em vez do “tônico para sardas” — justamente antes da visita de Priscilla, sua tia autora famosa, e de uma rica norte-americana. O episódio oculta o erro até o reflexo no espelho, explorando reações alheias e, finalmente, o apoio de Diana para aliviar a vergonha de Anne.
Encontro com Mrs. Morgan e sonhos literários
Anne e Diana idealizam Mrs. Morgan como heroína romântica, mas encontram uma senhora simpática, de cabelos grisalhos e óculos — um contraponto que ensina que sonhar alto é possível, independentemente da aparência. Mrs. Morgan prova que a imaginação persiste na prática da escrita, inspirando Anne a transformar gafes em boas histórias.
Considerações finais
Com apenas dez capítulos restantes de Anne of Avonlea, a pressa pode ser sentida, mas o núcleo emocional se mantém intacto. Apesar de cortes questionáveis em figurino e ambientação, aguardo que os próximos episódios tratem o arco seguinte com o cuidado que Anne e seus leitores merecem.