O fim da traição e o início de novos dilemas
O episódio 12 encerra a temporada em um terreno sólido, mas sem alcançar grandes alturas. Logo de cara, notei que havia esquecido de mencionar a traição da Rose na revisão anterior — um “whoopsie” meu ao focar apenas no fluxo do texto. Ainda bem que o esquecimento trouxe algo de bom: ganhei espaço para destacar o arco único que a Rose havia traçado como ex-aluna com vínculo especial com o Beryl, vínculo este que, ao final, acaba sendo neutralizado.
Rose e Beryl: da animosidade à conveniência
A motivação da Rose, descoberta como um artifício político, perde força no confronto: nenhum dos dois se machuca de verdade e, depois de um pedido de desculpas, eles voltam a ser amigos como se nada tivesse acontecido. A falta de consequências duradouras torna a resolução conveniente demais, retirando intensidade do duelo. Ainda assim, a Coreografia de Espadas entre eles se mantém interessante, com trocas de golpes que equilibram ataque e defesa com certa elegância.
Mewi e Beryl: momentos de ternura
O que salva o impacto emocional desta reta final é a dinâmica de Beryl com a Mewi. A paternidade dele, antes apenas sugestão, ganha forma em cenas comoventes: o futuro mestre-samurai aprendendo a lidar com o novo papel de guardião. Essas interações revelam camadas de vulnerabilidade e humor suave, funcionando como um contraponto perfeito à superficialidade do embate com Rose.
Política e expectativa: preparando o terreno
Um ponto positivo é a confirmação de que o conflito entre a nobreza e a papado seguirá relevante. Ainda que aqui tenha servido mais de cenário do que motor dramático, essa tensão deixa claro que o cerne das disputas vai muito além de duelos individuais. Fico na torcida para que a próxima temporada explore com maior profundidade as intrigas políticas e traga ex-alunos com cobranças genuínas — afinal, a roda-viva de ex-pupilos adoradores já deu o que tinha que dar.
