Sinopse
Em Felicidad, o submundo onde místicos cultivam poderes em suas plantações, a morte repentina do supremo Magus Diluculum abre caminho para que o ambicioso Magus Glaza assuma o controle e imponha uma regra de “sobrevivência do mais forte”. Para restaurar a ordem, o jovem Ten, líder dos Farmagia Ten, une forças com seus amigos para enfrentar Glaza e devolver a paz ao reino.
Análise
Apesar do começo promissor — com monstros flamejantes e um universo que mistura agricultura e magia —, Farmagia naufraga em clichês e falhas de execução. A premissa de “colher monstros” remete a mecânicas de RPG, mas transformá-los em “buddy monsters” soa desconexo e arranca risadas involuntárias. Os traços de Fairy Tail, assinados por Hiro Mashima, estão por toda parte: protagonistas lembram Natsu, humor pastelão falha, e a típica ênfase em “poder da amizade” parece copiá-lo de forma tão transparente que quase beira a paródia.
Os designs exagerados dos vilões e criaturas variam entre o sem graça e o risível — um “Yoshi” mal desenhado puxa carroças, monstros ameaçadores lembram ursos de pelúcia, e a CG dos “buddy monsters” parece saída de um game de DS de meados dos anos 2000. As lutas, embora frequentes, sofrem com animação irregular: momentos que pediriam trilha épica soam monótonos, enquanto sequências aborrecidas recebem músicas de alta tensão no início errado.
Na narrativa, reviravoltas abruptas e mortes surgem sem aviso, forçando rewinds para entender o que ocorreu. Personagens secundários entram e saem sem impacto, e a evolução dos laços entre heróis e aliados é tão previsível que falha em criar qualquer empatia. Em suma, Farmagia entrega uma experiência desinteressante, cumprindo apenas o mínimo esperado de um anime de fantasia genérico.
Prós e contras
- + Familiaridade: fãs de Fairy Tail reconhecerão ecos que trazem conforto narrativo.
- − Originalidade zero: trama e personagens parecem reciclar Mashima em versão genérica.
- − Qualidade técnica: animação e CG inconsistentes prejudicam cenas de ação.
- − Humor falho: piadas e cliffhangers forçados provocam mais riso involuntário que diversão.
- − Trilha sonora: momentos-chave carecem de ambientação adequada, soando deslocados.