Doze episódios de promessas, um de decepções
Após treze episódios, Lazarus chega ao fim com um episódio final que coroa a inconsistência crônica da série. Em vez de aproveitar o talento por trás das câmeras, o roteiros atropelam a própria mitologia, insistem em simbologias confusas de “Hundun” e apresentam Soryu, o assassino dissociativo, como centro de um arco que parece mais improvisado que inspirado.
Metáfora de ressuscitação – literal demais
No ápice da confusão, descobrimos que todos os membros da equipe estavam na estação de trem contaminada pela Hapna, morreram, mas tiveram seus genes alterados, tornando-os imunes ao vírus — ou seja, literalmente “ressuscitaram”. A citação bíblica de Abel (“vocês morreram e voltaram à vida”) até tenta dar um tom poético, mas soa mais como um artifício preguiçoso do que uma construção narrativa coerente.
Clímax anticlimático e resolução imediata
O vilão Skinner, em vez de um confronto final épico, é encontrado sentado num abrigo de sem-teto, onde rabiscou a cura da Hapna em um papel antes de morrer. Pronto: a cura é instantaneamente produzida, distribuída globalmente e todos vivem felizes para sempre — com exceção de seu cadáver, esquecido no canto da cena. Um fim tão apressado quanto deslocado.
Considerações finais
Lazarus alternou grandes cenas de ação e uma trilha sonora agradável com reviravoltas sem foco e resoluções convenientes. O resultado é uma obra que falha em cumprir seu potencial, deixando a sensação de que, na prática, preferiríamos esquecer que este anime existiu.