Ninja and an Assassin Under One Roof – Episódio 10: pontas soltas e aprofundamento de Marin e Satoko

 


Confesso que é surpreendente dizer isso, mas este décimo episódio de Ninja and an Assassin Under One Roof foi o mais fraco da temporada até aqui — e olha que isso não é só para criticar, mas para elogiar o quão bons – e ambiciosos – os episódios anteriores foram. Dito isso, não é um episódio “ruim” de fato, apenas deixa escapar várias ideias que mereciam ter sido exploradas.

Marin ganha alma e motivações

Um ponto alto deste capítulo é o mergulho no passado da nossa ninja durona, Marin. Descobrimos não só como ela entrou para o clã dos assassinos, mas também de onde vem essa mistura de frieza e coração enorme. Lá no fundo, ela sente falta do laço que tinha com a irmã e teme se abrir novamente. Vendo a extrovertida Satoko, Marin assume um papel de irmã mais velha – algo que ela sempre quis. Esse equilíbrio entre traumas antigos e a chance de refazer o jeito de cuidar de alguém foi excelente como desenvolvimento. E ainda manter a irmã viva para a interação dos próximos episódios vai render bons diálogos!

Satoko: fraqueza que vira força

Satoko também evolui: a mesma impulsividade que a coloca em enrascadas é seu trunfo em combate. Quando ela descobre o tempo exato que leva para transformar objetos em folhas – graças às suas pesquisas – acaba faturando sua primeira vitória solo. A conclusão? Satoko não é tão indefesa quanto pensa, mesmo sem a ninja ao seu lado. Ver essa passagem de impotência para autoconfiança é um belo passo na jornada da nossa menina de ação.

Oportunidades desperdiçadas

Por outro lado, o episódio roça temas fortes e não os persegue. Pintaram piadas rápidas sobre Satoko ser mãe solo enquanto trabalha em tempo integral – um drama real no Japão — mas nada além disso. E o dilema “Tuvix” de Konoha versão bebê, que perde as memórias da original, poderia ter sido um fantástico drama ético ou comédia sombria, mas é simplesmente contornado: o roteiro a traz de volta sem consequências. Uma chance de ouro para debater identidade e moralidade ficou no ar.

Momentos que fizeram valer a pena

  • O humor negro de ver a irmã de Marin literalmente em cima do corpo do pai foi hilário.
  • Surpresa geral ao descobrir que a pequena Konoha não atacou a irmã com aquelas tesouras de ponta.
  • O estranho “duplo-flashback” de Konoha vendo Satoko como amiga e figura materna ao mesmo tempo.
  • Futuras confusões com Robotko de volta ao convívio, agora leal a Marin, não a Konoha.

No fim, saí do episódio satisfeito com o aprofundamento de personagens, mas frustrado com os temas que ficaram só na borda. A série segue forte, e espero que os próximos capítulos retornem à ambição narrativa dos melhores momentos!

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