Wind Breaker 2ª Temporada Episódio 21 – GRAVEL, Roppo Ichiza e o Retorno das Lutas de Impacto

Correndo o risco de soar simplista, é bom demais ver as lutas voltando com tudo em Wind Breaker. Foram essas batalhas frenéticas e cheias de socos que me fisgaram quando comecei a ler o mangá anos atrás — lutas insanas, caras voando pelos ares e aquela vontade de gritar “isso, isso, isso!” junto com a ação. Com o conflito em Keisei Street se intensificando, o time por trás do anime claramente está se divertindo em transmitir essa energia de volta à tela — e mais do que isso, eles entenderam a missão.

A grande característica do grupo inimigo da vez, finalmente revelado como GRAVEL (nome tão sujo e áspero quanto suas táticas), é a quantidade absurda de integrantes. São ondas e ondas de brutamontes contratados por toda uma região, prontos para atacar. Apesar de uma leve menção aos fatores econômicos que geram esse tipo de delinquência, o foco aqui não é o debate social — esses caras estão ali para serem derrubados com estilo, e para dar espaço ao verdadeiro show: os integrantes do Roppo Ichiza mostrando do que são feitos.

E que espetáculo! Se a coreografia das lutas no episódio anterior já havia sido boa, aqui ela sobe vários degraus. Essa é a essência de Wind Breaker: superar a si mesmo. Desde o primeiro episódio com seus chutes salvadores, a série se comprometeu com ação estilizada — e aqui temos saltos insanos, ângulos criativos e um plano sequência simulado onde Kanji usa Sakura como trampolim. A direção visual entende que, se o anime faz os personagens parecerem absurdamente legais, os oponentes não têm chance.

Mas nem só de porrada vive o episódio. A primeira metade serve como lembrete do porquê cada um desses personagens luta. Tsubaki serve refeições, fala sobre se sentir validado por poder performar pole dance, e o ambiente do clube é mostrado como um refúgio sem julgamentos — um espaço onde há dor no mundo, mas não ali. E manter isso é o que move o Roppo Ichiza.

No centro dessa proteção está Shizuka, a cantora de alma pura que os inimigos parecem querer capturar — ainda que o motivo exato não tenha sido revelado. Sua canção traz um momento de pausa e calor, contrastando com a brutalidade fora do clube. Mesmo assim, Shizuka parece mais uma metáfora do que uma personagem ativa — uma “recompensa” simbólica que os garotos querem proteger, enquanto eles mesmos evoluem emocionalmente.

Ainda estamos no início de um arco que pode se estender bastante, então há espaço para que Shizuka ganhe mais profundidade. Por enquanto, o foco permanece nos meninos, especialmente na forma como eles enxergam o futuro. Os veteranos do Roppo Ichiza não são tão mais velhos assim, e servem como espelho do que Sakura e companhia podem se tornar. A conversa entre Suo e Nirei reforça isso, criando paralelos até mesmo com os oponentes do GRAVEL, que vêm de um lugar onde o futuro foi arrancado. É disso que esse arco trata: visões do que pode — ou não — vir a ser.

E se tudo isso vier embalado com lutas empolgantes e cenas visualmente criativas como vimos neste episódio, então o futuro de Wind Breaker continua brilhante.

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