O último episódio desta temporada de Wind Breaker faz um baita retorno ao início: não é a avaliação de desempenho do Sakura (apesar de eu ter brincado sobre isso), mas sim um debrief completo de tudo o que este arco construiu. Revela o papel de Endo nas origens de Bofurin e lança sombras sobre o futuro – perfeito pra quem espera uma possível 3ª temporada.
Entre sanduíches e risadas
Mas nem tudo é tensão ideológica. A turma se reúne em clima de amizade, compartilhando os sanduíches fresquinhos que a Kotoha preparou. Sugishita e Sakura reforçam sua rotina de provocações leves, lembrando que, por trás dos punhos, há respeito e companheirismo. É a essência de Bofurin: um grupo que se aceita, mesmo sabendo que o passado foi bem diferente.
O legado turbulento de Furin
A longa sombra de Furin não é só Endo ressurgindo, mas um passado de delinquência pura: a velha escola era um ringue de gladiadores juvenis buscando adrenalina e status a qualquer custo. Bofurin, por outro lado, trouxe benefícios à cidade e firmou um propósito maior – união em vez de rivalidade sem sentido.
Endo: alfa do ontem, ômega do amanhã
Endo encarna duas eras ao mesmo tempo: é símbolo do “velho” – a meritocracia bruta de quem acredita que força basta – e porta de entrada para o mundo adulto, com suas estruturas rígidas. Junto dele, seu parceiro Takiishi representa a delinquência antiquada, pronta para esmagar quem se opuser.
Flashbacks em contraste
As memórias de Ume e dos outros, unificando Furin em Bofurin, ganham estética épica e colorida, quase como um rakugo heroico. Mas, quando a história muda para Endo, o tom se torna sóbrio e realista: a paisagem pega fogo simbolicamente, lembrando que ele ameaça destruir o equilíbrio conquistado.
Sakura firme nos ideais de Bofurin
É apropriado que o ponto de virada de Endo gire em torno do Sakura: depois de momentos em que ele duvidou do valor do grupo, vemos sua evolução. Ele recusa o individualismo tóxico de Endo e reafirma seu compromisso com a comunidade acolhedora de Bofurin. A montagem final celebra esse crescimento e fecha a temporada com mais impacto que o fim da temporada 1.
No fim, cada repetição de mensagem ao longo da temporada valeu a pena: testemunhamos o desenvolvimento do protagonista e entendemos o significado de “ser Bofurin”. Se a 3ª temporada vier, ela não vai apenas aumentar as apostas de ação, mas também os confrontos ideológicos – porque, no universo de Wind Breaker, lutar pelo direito de continuar martelando é tão importante quanto a porrada em si.